Diretrizes Gerais da Diocese

VALENÇA, FESTA DE SÃO SEBASTIÃO DE 2016
INTRODUÇÃO

brasao-diocesano

A Igreja vive sob as missões do Filho e do Espírito, mandados pelo Pai. O dinamismo missionário que constitui a Comunidade Eclesial a faz sacramento (sinal e instrumento) de salvação em todo o mundo e, ao mesmo tempo, lhe dá um rosto próprio na realidade em que se encarna, devendo responder aí aos apelos da missão. Assim, a única Igreja Católica vive em cada situação como uma igreja particular, que chamamos de diocese. Essa diversidade na unidade reflete o Mistério do próprio Deus, Uno e Trino: diferença e comunhão.

Há 75 anos, o conjunto das Igrejas Diocesanas que nos circundavam, a própria diocese a quem pertencíamos e a Igreja de Roma, presidida, então, por Pio XI, refletiram e decidiram que tínhamos maturidade eclesial, integridade na fé e condições de sermos uma igreja particular, a Diocese de Valença. Passados os anos de nossa constituição como uma nova Igreja, presença e reflexo de toda a Igreja Católica, segundo as nossas peculiaridades, nosso jeito de ser, louvamos a Deus pelo Espírito abundante entre nós, como nos penitenciamos por nossas infidelidades, no passado e no presente, quanto ao seguimento de Jesus Cristo, na Comunidade (e também, pelas nossas omissões no anúncio do Evangelho e no serviço à Vida e à Esperança).

A preparação para vivenciarmos nossa vocação diocesana nesse tempo jubilar, exigiu-nos, além do louvor e da penitência, uma retomada de nossa identidade e de nossa missão. E foi assim que, ao longo dos últimos seis anos, temos vivido um processo permanente de Assembleia Pastoral. Estas têm nos ajudado a repensar e reorientar nossa missão em vista da Nova Evangelização, inculturada e libertadora, como pediu Paulo VI e vem exigindo João Paulo II. Num verdadeiro “mutirão” de orações e reflexões, em todos os níveis de nossa Igreja Diocesana, sempre em sintonia com os objetivos e as grandes linhas da Evangelização da Igreja do Brasil (CNBB) e da América Latina (Medellím, Puebla e S. Domingos), e com as orientações do Santo Padre, está produzindo nossas Diretrizes Diocesanas. Um trabalho ardoroso de pastores e fiéis. Um fruto modesto, mas precioso, pois expressão de uma caminhada de quem quer acertar, afinando seus projetos com os desígnios de Deus para a virada do milênio, nas terras altaneiras e montanhosas do sul fluminense, nos vales dos rios Preto e Paraíba do Sul.

O acolhimento destas nossas Diretrizes Diocesanas se impõe à consciência cristã, às comunidades eclesiais, às diversas associações religiosas e movimentos leigos, às pastorais, às comunidades de consagrados e, especialmente, a nós pastores. Isso, devido ao caráter normativo que adquiriram, ao serem expressão (participativa e comunional) do conjunto do Povo de Deus nesta região. Cremos no seu significado “sacramental”, enquanto fruto da participação dos irmãos e irmãs. Cremos no seu significado pneumatológico, enquanto manifestação do Espírito na comunidade congregada e agregada à grande comunhão eclesial. E, sabemos todos que, fugindo de qualquer legalismo, são inspiradoras e motivadoras da criatividade pastoral e de um sadio pluralismo evangelizador. Dão-nos a segurança para avançar na direção dos Sinais dos Tempos, como “degraus” galgados numa longa escadaria.

Esse caráter aberto, criativo, livre, dinâmico e, ao mesmo tempo, comprometedor, interpela-nos a uma conversão permanente a Deus e ao Povo que Ele adquiriu para si, com o preço do sangue do Cordeiro (At 20,28). Exige uma atitude de Fé na presença e na atuação do seu Espírito que engendra, mais e mais, uma Igreja de servidores e ministros, portadores de carismas para o proveito de todos e o serviço do Reino (Cf.1 Cor 12,7). Faz, consequentemente, superar opções isoladas, fechadamente particularizadas, ou interesses religiosos imediatistas e pessoais. Exige magnanimidade, disponibilidade e alegria, para testemunhar o Cordeiro imolado e Ressuscitado, numa busca sincera, mesmo que difícil, de comunhão afetiva e efetiva, onde o perdão seja Dom sempre a ser oferecido e renovado; e de serviço generoso ao Reino da vida, do amor, da justiça e da paz, que não nos permite passar por cima das relações fraternais a serem construídas ou reconstruídas, na valorização das pessoas e no respeito aos diferentes dons e carismas. E, ao mesmo tempo, esta arte de construir a comunhão não nos deixa descuidar da missão e da construção do mesmo Reino, que implica, hoje, formação da cidadania e democracia radical.

As Diretrizes Diocesanas querem, por sua vez, oferecer caminhos para que a nossa Igreja sirva à salvação nesta virada do milênio, atenta às exigências da inculturação da fé e da opção preferencial pelos pobres. Inspira e valoriza as Comunidades Eclesiais de Base. Impulsiona e revigora o ardor missionário que deve estar presente em todas as iniciativas pastorais e, de modo especial, nas Santas Missões Populares. A missionariedade própria de todo cristão e de toda a Igreja nos faz buscar caminhos mais dinâmicos e menos institucionalizados de ação pastoral. A solidariedade com a massa crescente de excluídos exige um testemunho maior de pobreza e de acolhimento aos pequeninos. O diálogo com as culturas moderna e pós-moderna surge como caminho de evangelização e de reconstrução do tecido sociocultural, macerado pelo neoliberalismo globalizado. Aqui, impõe-se o resgate e a valorização da Família, no conjunto de toda missão. A valorização dos ministérios Litúrgicos confiados aos fiéis reforça a consciência da ministerialidade de todo Povo de Deus, especialmente em relação ao Reino a ser testemunhado e construído na história e na sociedade. A formação permanente da fé faz toda comunidade ser catequizanda e catequizadora, em vista do seguimento de Jesus Cristo, na mesma comunidade e no compromisso com o mundo novo. A Pastoral catequético-litúrgica dos Sacramentos deve propiciar, simultaneamente, a experiência de Deus, sempre mais profunda, e o acolhimento de um número sempre mais crescente de novos irmãos. E, quiçá, formadoras de comunidades.

Não pode, pois, ser um livrinho a mais a ser engavetado. Também encontramos nessas diretrizes, não normas a serem seguidas sem mais, mas um espírito novo que renove e revigore o ministério eclesial de cada um de nós. Um estímulo ao serviço e à missão. Um apelo a caminhar em direção do novo. Indicações para um mergulho mais profundo, de todos, no Mistério de Deus, no coração do mar revolto em que muitas mãos pedem pelo serviço salvador da Igreja. O auxílio para o Caminho de todos quantos se sentem chamados ao Testemunho do Crucificado e Ressuscitado!
Valença,

Pe. Medoro de Oliveira Souza Neto

Pela Coordenação Diocesana de Pastoral

Valença, 1994

COMPROMISSOS DIOCESANOS PARA UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO

AÇÃO PASTORAL DA IGREJA NO BRASIL

Objetivo Geral

“Celebrando o Jubileu do ano 2.000 e os 500 anos da evangelização no Brasil, como encontro com Jesus Cristo vivo, que o Pai nos enviou na força do Espírito, sob a proteção da Mãe de Deus e nossa, queremos: EVANGELIZAR com renovado ardor missionário, testemunhando Jesus Cristo, em comunhão fraterna, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para formar o povo de Deus e participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança nas diferentes culturas, a caminho do Reino Definitivo”.

AÇÃO PASTORAL DA DIOCESE DE VALENÇA

(Aprovadas na VIIª Assembléia Diocesana de Pastoral – 1994)

Objetivo Geral

Evangelizar e promover a unidade do Povo de Deus, nas áreas rural e urbana, respeitando as diversas culturas, renovando as comunidades eclesiais e ouvindo os clamores do povo, por mais vida e esperança e seus anseios religiosos.

PISTAS PARA UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO

A Nova Evangelização numa unidade pastoral deve levar em conta, como compromisso mínimo de todos, as seguintes pistas práticas:

1. tomar como critério básico para a escolha dos Agentes de Pastoral: seu zelo à causa de Jesus Cristo e do serviço à Igreja; seu entusiasmo e compromisso com a Igreja de Cristo e sua inserção na comunidade; sua abertura às diferenças culturais e religiosas dos irmãos e das irmãs; sua ação na Igreja, em sintonia com o Magistério, a Tradição e com as orientações da CNBB; sua comunhão com as diretrizes de Pastoral, implicando seu acatamento e valorização dos canais de participação (quer seja nas assembleias, nos conselhos, ou nas coordenações em todos os níveis);

2. uma vez que a Bíblia deve ser sempre a voz de Deus a nos chamar para a Nova Evangelização, se priorizará a promoção e a valorização dos Grupos de Reflexão, dos Cursos Bíblicos, das Escolinhas Bíblicas, do CEBI e de outras iniciativas afins;

3. as CEBs deverão ser o instrumento privilegiado da Nova Evangelização, pois que elas são “um jeito novo de ser Igreja”; assim é que as iniciativas evangelizadoras deverão convergir para a formação de verdadeiras comunidades, para:

– anunciar o Evangelho a todos, especialmente na realidade do mundo rural e das periferias urbanas;
– descobrir e apoiar os valores do Reino (presente nos diferentes ambientes e grupos);
– romper, corajosamente, com formas e métodos antigos de opção pastoral, dando lugar àqueles que correspondam às exigências atuais;
– criar novas formas de entrosamento, articulação e organização das paróquias, das pastorais, dos movimentos e outros organismos (que isoladamente não são capazes de ajudar no anúncio do Reino);
– renovar as estruturas, para que as paróquias não sejam simplesmente territórios circunscritos, autônomos e autossuficientes e nem as comunidades sejam apenas locais de trabalho e de missão (mas que sejam, principalmente, lugares de fraternidade e festa);
– cuidar para que as paróquias e comunidades, com suas estruturas renovadas, criem polos de evangelização, atingindo pessoas e grupos (nas escolas, nas residências etc.), levando-as a se inserirem na caminhada do povo e a assumirem compromissos sociais tais como Associação de Moradores, Sindicatos, Entidades Filantrópicas etc.;
– promover, em todos os níveis (comunitário, paroquial e diocesano) um trabalho de conscientização política, apoiando, efetivamente, os cristãos que fizeram o discernimento político, se engajando em algum partido;

Tendo em vista que a realidade da diocese está dividida em rural e urbana, a Nova Evangelização será realizada mediante:
– ações pastorais na área rural que sejam capazes de anunciar Jesus Cristo segundo o jeito de ser das pessoas da roça e suas tradições religiosas;
– ações pastorais na área rural, em parceria com a CPT (Comissão de Pastoral da Terra), se solidarizando com os sofrimentos e as lutas dos trabalhadores;
– ações pastorais na área rural que se preocupem em elevar o nível humano, social, educacional e cultural dos jovens da roça;
– investimento de padres novos e agentes de pastoral dispostos a anunciar a Boa Nova aos mais simples;
– ações pastorais na área rural preocupadas com o lazer da juventude e com a libertação da mulher;
– atitude pastoral, na área urbana, de diálogo com a cultura moderna, procurando impregná-la com os valores do Evangelho;
– ações pastorais, na área urbana, que ouçam os clamores das periferias oprimidas pelos salários baixos, desemprego, falta de moradia digna, de oportunidades de saúde e assistência médica e de lazer;
– ações pastorais na área urbana que articulem fé e amor solidário, preocupando-se com a causa dos pobres, com a desintegração das famílias e com a formação da juventude;
– ações pastorais que tentem reunir os católicos, praticantes ou não, que são sensíveis à causa dos pobres e que, por seus dons e capacidades, podem contribuir para a construção de uma cidade mais humana;
– uma Pastoral na área urbana que esteja atenta à desintegração da família e à degradação da juventude;
– pastorais rural e urbana que se concretizem, sobretudo, através da atuação dos leigos e leigas.
No conjunto da Nova Evangelização, se dará especial atenção ao despertar de novos ministros(as) e servidores(as) para o serviço das comunidades bem como à sua formação bíblico-catequética e metodológica permanente.
A Nova Evangelização será planejada de acordo com a realidade específica de cada paróquia e de suas comunidades, sem nunca negar os compromissos comuns assumidos nesta Assembleia.
Nossa presença solidária e organizada junto aos empobrecidos (especialmente trabalhadores rurais, operários, desempregados e subempregados, negros, mulheres e crianças) será expressão de nossa comunhão com os bispos da América Latina (que, em Santo Domingo, renovaram a opção pelos pobres e por sua libertação integral de adesão ao evangelho que proclama o Deus do Reino que em “Jesus Cristo se fez pobre para nos enriquecer com sua pobreza” – 1Cor 8,8).
A Nova Evangelização deverá valorizar os momentos que são sinais e gestos do amor gratuito de nosso Deus e da ação libertadora – salvadora de Jesus Cristo no mundo Assim, as nossas celebrações deverão reavivar as tradições religiosas do povo, resgatando sua força de libertação.
A Nova Evangelização deverá, ainda, ser um instrumento permanente de diálogo com as culturas oprimidas e modernas, buscando anunciar, de forma clara, o Evangelho aos homens e às mulheres de hoje.
A Nova Evangelização na classe média (que acontece, especialmente através dos movimentos) deverá se realizar na ótica da opção pelos pobres, para ser, de fato, fiel ao seguimento de Jesus Cristo.

DIRETRIZES PARA A IMPLANTAÇÃO DOS MINISTÉRIOS LITÚRGICOS DO BATISMO E DE TESTEMUNHA QUALIFICADA DO MATRIMÔNIO
A TODOS QUE ESTA VIREM, PAZ E BEM!

1. Tendo ouvido o Conselho Diocesano de Presbíteros, o Presbitério, o Povo de Deus desta diocese – através dos Conselhos Diocesano e Paroquiais de Pastoral – e os agentes da Pastoral do Batismo (07-08/06/97) e os agentes da Pastoral Matrimonial (05-06/07/97), e baseado no Rescrito Prot. nº 1815/95 de 03 de outubro de 1995 da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e atendendo-se às disposições do Código de Direito Canônico, mais especificamente aos cânones 861, parágrafos 2 e 1.112 a 1.114, promulgo as seguintes Diretrizes Diocesanas para implantação e atuação do Ministério Extraordinário do Batismo e do Ministério de Testemunha qualificada do Matrimônio, de cujo cumprimento estrito depende a validade ou liceidade do exercício dos referidos ministérios.

2. Esses Ministérios Litúrgicos, ao lado de tantos outros exercidos com dignidade, competência e generosidade por incontável número de fiéis em nossas comunidades, resgatam, mais uma vez, as três grandes imagens da Igreja, presentes no Novo Testamento e realçadas no Concílio Vaticano II: “Corpo de Cristo”, “Povo de Deus” e “Templo do Espírito”.

3. Uma Igreja que cresce numa dinâmica comunional com a emergência de novos ministérios é, certamente, sempre mais, uma Igreja que se autocompreende como comum-união de pastores e discípulos, de ministros ordenados e ministros e servidores, enraizada no Mistério Trinitário (cf. 1Cor 12,4-6). A igualdade fundamental de todos é sublinhada e, ao mesmo tempo, é salvaguardada a peculiaridade do ministério pastoral que é de ser elo e sinal de comunhão entre fiéis e as comunidades e destas com a Igreja primitiva de Jerusalém.

4. Os ministérios exercidos pelos fiéis não são complementários ao ministério ordenado. São, sim, verdadeiros ministérios que correspondem aos carismas dados pelo Espírito Santo em vista de responder às necessidades das comunidades, em sua função de fazer atuar na história o Mistério da Salvação. Se carência de padres indicou a solução desses ministérios, fique claro que estes podem existir, mesmo que os padres existam em número suficiente para a demanda sacramental, pois, são carismas que devem ser acolhidos e estimulados na vida da Igreja. Os fiéis ministros não podem ser considerados colaboradores ou substitutos dos padres. Têm uma dignidade própria.

5. Em vista disso, os Conselhos Pastorais, de comum acordo com seus respectivos párocos, deverão determinar locais, dias e horários das celebrações que serão presididas pelos padres, diáconos e pelos novos ministros, evitando, assim, possível desvalorização do ministério.

6. E, para o bom e reto exercício desses mesmos ministérios, os párocos e seus conselhos pastorais deverão estar atentos, também, aos critérios de escolha dos ministros, a saber: sejam fiéis de vida cristã exemplar, de fé amadurecida e comprovada, de aceitação por parte do conjunto da comunidade, com formação bíblico-teológica-litúrgica para bem celebrar, com sensibilidades humanas de relacionamento e comunicação, para um bom acolhimento dos irmãos e irmãs, sobretudo, aqueles sem engajamento comunitário, e bom desempenho na ação litúrgica.

7. Para garantir que o Ministério não será dado a alguém como forma de promoção ou honraria, a comunidade seja ouvida, especialmente o Conselho Pastoral, e o prazo para o exercício do ministério seja limitado a dois anos, renovável por mais um.

8. Os possíveis candidatos deverão ser apresentados à diocese para aprovação do bispo e a instituição no ministério será dada pelo bispo diocesano ao término do curso preparatório, com a respectiva provisão. Esses devem sair, preferencialmente das pastorais do batismo, pré-matrimonial e familiar.

9. O início da implantação desses dois novos ministérios litúrgicos seja preparado adequadamente em todas as comunidades, mediante progressivo envolvimento dos fiéis nas ações litúrgicas pertinentes e mediante pregações motivadoras para o acolhimento dos respectivos ministérios.

10. A veste litúrgica própria será indispensável para o exercício de tais ministérios, respeitando, assim, a índole religiosa de nosso povo. Elas têm valor simbólico, como reconhecem as orientações litúrgicas da Igreja.

11. Os párocos e os ministros testemunhas oficiais do matrimônio devem ter especial atenção às leis canônicas para a validade sacramental dos ritos matrimoniais. Para cada matrimônio, uma autorização particular.

Valença, 08 de julho de 1997

Dom Elias Manning, ofm conv.

Bispo Diocesano

DIRETRIZES PARA AS PASTORAIS SOCIAIS
(Aprovadas na Celebração da 2ª etapa da VIIIª Assembleia Diocesana de Pastoral – 22 de novembro de 1997)

1.Objetivos

1. Incentivar uma ação social mais enfática, com propostas concretas, reafirmando a busca de uma sociedade justa, solidária e democrática, baseada nos valores éticos que coloquem a vida – vida de qualidade – em primeiro lugar.

2. Criar espaços de participação, onde os excluídos sejam protagonistas da ação.

3. Ser uma presença solidária e libertadora junto aos setores mais empobrecidos, favorecendo seu protagonismo.

4. Favorecer projetos alternativos que ajudem na sobrevivência e mantenham viva a esperança do povo.

II. Diretrizes

1. Que se enfatize a necessidade de incentivar e fortalecer a Pastoral da Educação, para, através dela, trabalhar no sentido da liberdade, da criação de uma consciência crítica e da conquista da cidadania (tendo em vista o descaso à educação popular – de má qualidade e utilizada como forma de dominação).

2. Que se enfatize na Pastoral da Criança, além de seu caráter educativo e preventivo, uma ação mais questionadora das políticas públicas e da sociedade em relação às crianças. Que haja uma ação libertadora e profética mais clara.

3. Que se estabeleçam as diferenças existentes entre a Pastoral dos Enfermos (com seu caráter solidário) e a Pastoral da Saúde (em seu caráter mais preventivo, com remédios alternativos e envolvimento maior com as políticas públicas da saúde). Faz-se necessário fortalecer e articular mais a Pastoral da Criança e da Saúde, na linha de prevenção das doenças.

4. Que se promova um trabalho específico de apoio, assistência e valorização do idoso (Pastoral dos Idosos, Clube da Terceira Idade etc.) junto à sociedade em geral e dentro do próprio lar.

5. Que as entidades assistenciais ligadas à Igreja (asilos, hospitais etc.) tenham maior sensibilidade, sem se deixarem cooptar pelos poderes públicos e interesses meramente políticos. Que se desenvolva junto a seus assistidos, um trabalho de conscientização dos seus direitos. Tais entidades devem, inclusive, estarem atentas ao respeito e ao cumprimento dos direitos de seus funcionários.

6. Que haja em nossa Igreja mais apoio e união aos projetos alternativos sobre habitação, tendo em vista a crescente falta de moradia, causada pela ausência de políticas públicas e pela especulação imobiliária.

7. Que se estabeleçam planos de ação nos trabalhos sociais da diocese (uma vez que há consciência de que o desemprego é consequência da política econômica implantada em nosso país; uma vez que somos sabedores da falta de saúde e de segurança no trabalho; uma vez que somos conscientes da falta de proteção das leis trabalhistas – que atingem tanto o meio urbano quanto o rural).

8. Que se crie na área urbana espaço entre os católicos para reflexão sobre o mundo do trabalho, com orientação da Doutrina Social da Igreja e da Teologia do Trabalho. E que, de maneira crítica, se apoiem as Cooperativas, como alternativas ao desemprego, bem como se solidarize e se comprometa com as lutas dos movimentos sociais existentes.

9. Que se implemente na área rural um trabalho mais intenso com o homem e a mulher do campo, fortalecendo e reanimando a CPT, celebrando de forma mais inculturada, e apoiando as organizações dos trabalhadores do campo.

10. Quanto à questão política, que se trabalhe o seguinte:

  • Formação ética dos líderes políticos e sociais que leve a uma coerência entre os princípios cristãos e a opção política;
  • Conscientização das comunidades, para diminuir o “analfabetismo político”;
  • Indicação e apoio aos cristãos que se dispuserem a trabalhar dentro de um processo político-partidário;
  • Acompanhamento e apoio da Igreja aos membros indicados para comporem os vários Conselhos Municipais;
  • Criação e fortalecimento da comissão encarregada de acompanhar os trabalhos das Câmaras Municipais.

11. Que se formem pastorais específicas, tais como da Mulher e do Negro, tendo presente que a realidade, hoje, põe a questão do gênero e da raça de modo bastante agudo.

12. Que nos trechos de nossa diocese onde passam as BRs, se crie a Pastoral dos Migrantes.

13. Que se desenvolva uma Pastoral Carcerária capaz de contemplar a pessoa do presidiário e suas famílias bem como as famílias das vítimas.

14. Que haja sempre comunicação, informando os trabalhos das pastorais sociais e abrindo diálogo com a sociedade civil e poderes públicos.

15. Que haja articulação entre as Pastorais Sociais, quer seja através de cursos, seminários, assembleias, campanhas, ou outras atividades conjuntas na linha de transformação (sendo fiéis ao Evangelho – que indica o serviço à sociedade e aos pobres como dimensão necessária à nossa vida de Igreja).

Diretrizes Diocesanas para a Pastoral do Batismo de Crianças
(Aprovadas na Celebração da 2ª Etapa da VIIIª Assembleia Diocesana de Pastoral – Valença – 22/11/97).

I. Objetivos da Pastoral do Batismo

1. Deve ser entendida numa perspectiva missionária, ajudando os pais e as mães a descobrirem a ternura do Deus da Vida (que ama e protege a vida, dando seu Filho para a salvação de todos). O Batismo será apresentado, portanto, aos que o procuram, como o Sacramento da Vida e da Salvação.

2. A Pastoral do Batismo deve ser acolhedora; vista como uma grande oportunidade para o contato com as famílias que procuram a comunidade.

3. Os pais e padrinhos, mesmo sem conhecerem a Teologia Batismal, o pedem à Igreja, não sendo, pois, contrários à entrada da criança na vida cristã. Faz-se, contudo, importante tornar tal gesto uma atitude de fé, orientando aos que o buscam a eliminarem quaisquer tipos de superstição.

4. Fazer com que toda a comunidade sinta-se responsável pela Pastoral do Batismo, comprometendo-se no crescimento da fé do batizando e acolhendo-o para uma nova vida.

5. Não deve a Pastoral do Batismo ser apenas uma Pastoral de Preparação do Batismo. Esta deve acompanhar os primeiros passos da vida cristã do batizando (se possível, da gravidez até sua iniciação na catequese). Assim é que as Pastorais Familiar, da Criança, da Acolhida e outras, bem como os Grupos de Reflexão, também poderão contribuir, ajudando o entrosamento dos pais e padrinhos na comunidade (para que estes vivam o Evangelho, descobrindo, sempre mais, o valor da vida comunitária e pastoral da Igreja).

6. A Pastoral do Batismo deve incentivar os pais e padrinhos a se compromissarem com os valores do Reino de Deus: justiça, amor, solidariedade, partilha, paz, perdão, verdade (que, sem dúvida alguma, é a maior prova de que se vive com autenticidade o Batismo).

II. Diretrizes gerais da Pastoral

1. Que promova encontros capazes de despertar e reanimar a fé (não valorizando, assim, apenas cursos com palestras e temas para ensinar ou aumentar conhecimentos teóricos).

2. Que promova encontros agradáveis de preparação para o Batismo, onde se priorize a reflexão, o diálogo, a oração (a partir dos temas presentes na consciência popular e nos Evangelhos: vida, iluminação). E que estes encontros se deem a partir do ritual mesmo do Batismo.

3. Que promova visitas às famílias das crianças, para criar laços de amizade e interligá-las melhor à comunidade.

4. Que as crianças, filhas de pais e mães solteiras e dos não casados na Igreja, sejam acolhidas para o Batismo, sem grandes exigências ou atitudes discriminatórias. Os preparadores ficarão atentos aos valores evangélicos e humanos, não cultivando, em nenhuma hipótese, questões legais para a recepção do sacramento (sempre levando em conta a atenção e a acolhida aos pais e padrinhos).

5. Que o momento da inscrição para o Batismo seja uma feliz oportunidade de acolhimento e evangelização. Que se evite todo formalismo e burocracia (o ideal seria que o primeiro contato fosse uma visita à casa da criança).

6. Que os pais sejam orientados para a escolha dos padrinhos, mostrando o seu significado na vida das crianças. E que, para tanto, tenham uma vida religiosa-cristã, sempre que possível, regularizada.

7. Que seja oferecido espaço para os pais e padrinhos, depois do ato do Batismo. Desta forma, eles se sentirão acolhidos e poderão acolher a comunidade que irá, com eles, participar das festas e celebrações da comunidade, valorizando, por exemplo, os tempos fortes de evangelização e missão da Igreja.

8. Que os membros da Pastoral e os ministros extraordinários do Batismo tenham formação permanente e progressiva.

9. Que seja testemunhado o coração misericordioso e acolhedor de Deus para com todos os seus filhos e filhas.

III. Procedimentos das Equipes de Pastoral do Batismo

1. Ainda que toda a comunidade seja responsável pela Pastoral do Batismo, é necessário que haja, nas comunidades da diocese, uma equipe preparatória para a recepção do sacramento. Esta equipe deve ser composta por pessoas disponíveis, com espírito missionário e acolhedor. (Seria muito bom, inclusive, se houvesse animadores da Pastoral do Batismo em cada grupo de reflexão, em cada rua ou área.)

2. A equipe deverá procurar estar sempre atualizada no que se referir à Teologia do Batismo e da Liturgia. Deverá, também, ter uma compreensão da vida da Igreja.

3. Torna-se imprescindível que esta Equipe seja integrada por pessoas que vivam de forma testemunhal o seu Batismo.

IV. Ministros Extraordinários do Batismo:

* Estão previstas, para os ministros, orientações promulgadas pelo bispo diocesano, nas Diretrizes para Implantação dos Ministros Extraordinários do Batismo.

V. As Celebrações do Batismo

1. Devem ser bem preparadas, com a colaboração da Equipe de Liturgia da Comunidade.

2. Devem ser muito valorizadas (neste sentido, há o subsídio da CNBB “Descobrindo novos caminhos da Pastoral do Batismo de Crianças – 2ª parte”, que apresenta valiosas colaborações).

3. Que sejam realizadas com a presença da comunidade, pois que será motivo de catequese e de acolhida da comunidade ao novo membro.

4. Que se use a veste litúrgica, uma vez que esta visibiliza a função que os ministros exercem na Igreja, contribuindo para a beleza e a dignidade da celebração, realizando, ainda, o caráter pedagógico dos sinais e a sensibilidade popular para com eles.

DIRETRIZES DIOCESANAS PARA A PASTORAL FAMILIAR
(Aprovadas na Celebração da 2ª Etapa da VIIIª Assembleia Diocesana de Pastoral – Valença – 22/11/97).

I. Objetivos da Pastoral Familiar:

1. Inserir-se na Pastoral de toda a Igreja, devendo ser “evangelizadora, profética e libertadora” (cf. Puebla).

2. Levar as pessoas a refletirem sobre o sentido do casamento e da família.

3. Evangelizar a família antes, no momento da celebração, e depois do casamento.

4. Ser entendida como Pastoral Missionária, indo ao encontro de outras famílias, fazendo opção primeira pelos pobres e oprimidos e levando, também, em consideração, as situações familiares que fogem ao modelo proposto pela Igreja.

5. Estimular e preparar lideranças em cada paróquia e comunidade, para que a família se torne um agente da evangelização e da transformação da sociedade.

6. Organizar-se no nível paroquial, no nível da cidade e no nível diocesano.

7. Ter como agentes básicos os casais e as famílias de forte pertença à comunidade.

II. Diretrizes gerais da Pastoral:

1. Que seja uma Pastoral acolhedora, buscando resgatar a dignidade humana, e valorizando a pessoa como ser uno e insubstituível. Uma Pastoral que vitalize e fortaleça a família.

2. Que seja uma Pastoral presente na comunidade paroquial, assumindo o acompanhamento pré-matrimonial e pós-matrimonial.

3. Que seja uma Pastoral com objetivos claros, não trabalhando na perspectiva de um ativismo sem rumo.

4. Que seja uma Pastoral realizada na Igreja, com a Igreja e pela Igreja.

5. Que seja uma Pastoral feita de forma organizada, planejada e revisada (integrada a todas as pastorais e, em especial, às pastorais sociais).

6. Que seja uma Pastoral capaz de oferecer elementos necessários para a formação, para a vivência conjugal e familiar, levando a todos “a boa nova” do Sacramento do Matrimônio.

7. Que seja uma Pastoral que capacite a família a ser instrumento de transformação da sociedade e missionária no seio da Igreja.

III. Procedimentos das Equipes da Pastoral Familiar:

1. Que atendam com igual solicitude pastoral os casais impossibilitados de receberem os sacramentos, bem como as mães solteiras e os pais solteiros (uma vez que a Pastoral Familiar situa-se entre a pastoral ideal e a pastoral possível).

2. Que trabalhem com as catequistas, com os animadores da PJ e da PV, assim como se associem aos responsáveis pela preparação para o Batismo.

3. Que, num contexto de miséria, também façam parceria com as Pastorais Sociais.

4. Que não tenham como preocupação primordial a linha moralizante (que insiste apenas no certo e no errado). Assim, seus agentes poderão se preocupar mais com a evangelização e com o testemunho da “boa nova” do Matrimônio e da Família.

5. Que façam um trabalho sério na educação para o amor e para a sexualidade, na adolescência e na juventude, com vistas à orientação para os namorados “firmes”.

6. Que promovam uma profunda reestruturação nos cursos de noivos e no trabalho com os jovens casados.

7. Que peçam a colaboração, de forma mais ampla, dos Movimentos e demais serviços da Igreja, evitando, assim, a criação de grupos fechados, com interesses particulares.

8. Que estejam presentes nos CPPs e CDPAs, para que haja um trabalho com marcas de unidade.

9. Que ofereçam encontros, cursos, palestras (com temas atuais), como meios extraordinários de evangelização, para atingir os casais afastados da comunidade.

10. Que trabalhem no sentido de maior entrosamento com a Pastoral Carcerária (do Menor e outras), para que possam combater a violência existente em muitas famílias (principalmente com as crianças).

IV. Testemunhas qualificados do Matrimônio

* As orientações para estas estão previstas nas “Diretrizes para a Implantação das Testemunhas Qualificadas do Matrimônio”, promulgadas pelo bispo diocesano.

V. Celebrações de Casamento

1. Devem ser realizadas com simplicidade e espírito comunitário, respeitando o tempo litúrgico.

2. Devem ser bem preparadas (e, se possível, com os noivos).

DIRETRIZES DIOCESANAS PARA A PASTORAL CATEQUÉTICA
(APROVADAS NA CELEBRAÇÃO DA 3ª ETAPA DA VIIIª ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL – Valença, 22 de novembro de 1998)
“PELO ESPÍRITO, AO ENCONTRO DE JESUS CRISTO, CAMINHO DE COMUNHÃO TRINITÁRIA”

1. Objetivos

 1. Construir a comunidade dos seguidores(as) de Jesus, “aberta ao mundo e inserida nele” (Med 8, 10), comprometida com a verdade e a justiça, para ser sinal do Reino de Deus no meio da sociedade em acelerado processo de transformação.

2. Chegar à compreensão de catequese “como processo de educação permanente da fé, para o seguimento de Jesus Cristo, em comunidade”.

II. Diretrizes para a Catequese em geral

A) Na dimensão catequese/comunidade/catequista:

1. que se envolva sempre mais a família e a comunidade no processo catequético (fazer catequese nas casas, convocar grupos e movimentos para preparar e celebrar os eventos da catequese);

2. que se supere, nas comunidades, a mentalidade discriminatória com relação às pessoas que não se enquadram nos padrões pré-estabelecidos (tais como os “separados” e outros);

3. que se busquem meios de superar dificuldades hoje existentes tais como o afastamento dos jovens das pastorais (tendo em vista a opção preferencial pelos jovens, feita pela Igreja) e outras;

4. que se descubram maneiras de comprometer as pessoas dos diversos níveis de instrução, para que coloquem seu saber a serviço da comunidade, na educação da fé de seus membros;

5. que se criem meios de atrair os jovens para o trabalho da catequese, valorizando sua criatividade, sua capacidade de renovação; reconhecer, neste aspecto, a importância dos movimentos juvenis a quem cabe despertar os jovens para o compromisso missionário e encaminhá-los à comunidade;

6. que estejamos atentos para a necessidade de os jovens serem os educadores da fé dos próprios jovens, tendo o cuidado de oferecer a formação necessária para o exercício desta missão;

7. que se inicie a catequese do “ventre materno”.

B) Na dimensão catequese/ formação de catequista:

1. que se desperte nos(as) catequistas interesse pela autoformação, oferecendo-lhes condições necessárias para tal procedimento;

2. que seja sistematizado um trabalho paroquial e/ou interparoquial, onde seja possível realizar:

a) formação inicial para os(as) que pretendem ser catequistas, passando por um estágio na catequese, para avaliação pessoal e comunitária;

b) aprofundamento para catequistas principiantes;

c) treinamento anual para os(as) que estão inseridos na catequese há mais de três anos;

d) formação diferenciada para os diversos níveis de atuação dos(as) catequistas, a saber: coordenação, catequese de base, família e comunidade;

e) formação diferenciada, conforme as etapas em que atua o(a) catequista (iniciação, pré-eucaristia etc.);

3. que se ofereçam condições para o aprofundamento da espiritualidade e para o fortalecimento da mística na missão catequizadora;

4. que haja empenho em incentivar e fortalecer o Grupo de Catequistas como espaço de vivência comunitária, de formação, oração, avaliação, planejamento e preparação dos trabalhos (CR 151 ; FC 71-79);

5. que se promovam reuniões formativas, onde estejam presentes todos(as) catequistas, a coordenação e, sempre que possível, o pároco;

6. que seja elaborado um temário básico de formação para catequistas e outros subsídios atualizados e adequados à realidade de cada região.

C) Na dimensão catequese/paróquia:

1. que os Conselhos Paroquiais se envolvam mais com a formação dos(as) catequistas e acompanhem a catequese, promovendo reuniões e outras atividades conjuntas;

2. que a catequese seja descentralizada, para atingir os mais pobres, contando sempre com o apoio do pároco (primeiro responsável pela catequese na Paróquia);

3. que a catequese seja valorizada como ministério, através de uma celebração de compromisso;

4. que se valorize a presença dos(as) leigos(as) catequistas, convidando-os(as) ocasionalmente a usar a palavra nas missas ou celebrações da Palavra;

5. que as Paróquias intensifiquem a reflexão e realizem atividades ou programações que ajudem a compreender e a vivenciar a missão de comunidade catequizadora.

D) Na dimensão catequese/recursos pedagógicos:

1. Que sejam preparados subsídios catequéticos próprios, tendo em vista as peculiaridades das várias regiões da diocese; e que cada catequista tenha o conteúdo básico (temário da diocese);

2. Que se destine, quando for possível e prioritariamente, espaço físico específico para a catequese, garantindo ambiente acolhedor, capaz de favorecer a participação, a convivência, a oração, enfim, tudo o que se refere a um encontro catequético;

3. Que as(os) catequistas possam dispor de meios (biblioteca comunitária, com livros específicos, bem como material audiovisual) para aprofundar seus conhecimentos;

E) Na dimensão catequese/Pastorais:

1. Que a catequese se realize em parceria com a Pastoral da Família, Vocacional, da Juventude, da Criança e da Saúde Popular, para iniciar ou fortalecer a Catequese Familiar;

2. Que se busquem meios de fortalecer a Pastoral da Educação e o Ensino Religioso, ajudando os educadores cristãos a compreenderem seu papel na formação integral de crianças e jovens;

3. Que se mantenha relação estreita entre catequese e Pastoral da Liturgia para que, num trabalho conjunto, se leve à participação plena, ativa e consciente, ao pleno exercício do sacerdócio batismal (DG 85);

4. Que se chegue à Elaboração de um plano de Pastoral de Conjunto e Orgânica.

F) Na dimensão catequese/ metodologia /procedimentos pedagógicos:

1. Que sejam superadas práticas de trabalho existentes tais como “aula” de catequese, incentivando a criatividade, a participação, e fazendo uso de recursos pedagógicos mais adequados aos seus objetivos;

2. Que a catequese contribua no desenvolvimento da consciência crítica, eclesial e social, para formar cristãos responsáveis, atuantes e que saibam ligar a fé e a vida.

3. Que a linguagem e a metodologia empregadas falem ao coração das pessoas, valorizando-as no seu todo;

4. Que se cultive uma atitude de abertura e discernimento diante das rápidas mudanças do nosso tempo, denunciando e combatendo seus aspectos desumanizantes e ajudando a descobrir seus aspectos positivos e, dentro deles, a presença do Deus que caminha com seu povo.

DIRETRIZES DIOCESANAS PARA A CATEQUESE DE CRISMA
(Aprovadas na Celebração da 3ª etapa da VIIIª
Assembleia Diocesana de Pastoral
Valença, 22 de novembro de 1998)

1. Que se promova, em toda a diocese, um trabalho de conscientização sobre o sentido do sacramento da Crisma, envolvendo sobretudo as famílias. Conscientizar toda a comunidade sobre os critérios adotados para a admissão dos jovens e adultos ao sacramento da Crisma.

2. Que se observe a catequese crismal, considerando as suas especificidades que assim se apresentam:

2.1. A catequese crismal deve estar inserida num plano de pastoral da comunidade e cabe às comunidades e paróquias instituir uma equipe (catequistas, crismandos, pais e pároco) que reflita, analise, estude, acompanhe e avalie a caminhada de preparação para a Crisma (cf. CNBB 61 nº 53), para garantir:

a) Que a metodologia usada possibilite aos jovens e adultos serem sujeitos de sua formação, desenvolverem o senso crítico, a consciência de sua missão na Igreja e no mundo e leve à construção de uma comunidade viva (cf. CNBB 61 nº 49-52);

b) Que a temática contemple as diversas dimensões (antropológico-cristã, bíblico-teológica, espiritual e litúrgica) favorecendo o desenvolvimento humano, o amadurecimento da fé, o aprofundamento de uma espiritualidade fundada na Palavra de Deus e no seguimento de Jesus Cristo, inserida na realidade e celebrada na comunidade (cf. CNBB 61 nº 54-61);

c) Que o tempo de preparação seja suficiente para desenvolver o senso de pertença à Igreja e enraizar o compromisso com a comunidade (cf. CNBB 61 nº 62);

d) Que a comunidade toda esteja envolvida abrindo espaço para a atuação dos jovens e adultos e sustentando-os com seu testemunho de Igreja participativa e comprometida com o povo e com o Reino (cf. CNBB 61 nº 38-44);

e) Que a catequese crismal esteja profundamente ligada à vida, às experiências e problemas dos crismandos e tenha forte enfoque vocacional incentivando e acompanhando os jovens na sua busca.

2.2. A criação de um trabalho conjunto entre a Pastoral da Juventude, a Pastoral Vocacional e os movimentos de jovens com o objetivo de convidar os jovens, inserindo-os na comunidade, ajudando-os na caminhada e no engajamento em algum serviço pastoral ou social-comunitário. Que este trabalho possa responder ao projeto do Reino, aos anseios pessoais e a superar os desafios próprios da idade.

2.3. Que se promova uma catequese de perseverança que possibilite o engajamento dos adolescentes na vida da comunidade.

2.4. Que se adotem, progressivamente, como critérios para a admissão ao sacramento:

a) A participação dos jovens e adultos na caminhada da comunidade, mais de um ano;

b) A inserção na caminhada da comunidade, o engajamento em algum serviço pastoral ou social-comunitário; que se prevejam pessoas capazes de acompanhar esta atuação e de reunir periodicamente os jovens para avaliação e celebração de sua caminhada;

c) Uma preparação específica desenvolvendo os conteúdos básicos da fé (cf. doc. 61 da CNBB nº 54-61), dando condições de aprofundar o conhecimento de Jesus Cristo e da Igreja, fortalecendo a adesão ativa à sua pessoa e ao seu projeto, e capacitando-o para dar, com mais segurança, as razões de sua esperança (cf. 1Pd 3,15).

2.5. Que seja oferecida formação específica para catequistas dispostos(as) a trabalhar com jovens que desejam o sacramento da Crisma, bem como para pessoas que se disponham a formar equipes de apoio nas paróquias e comunidades.

2.6. Que seja preparado material básico comum a toda a diocese e outros subsídios atualizados e adequados à realidade de cada região.

2.7. Que se mantenha articulação das experiências paroquiais para intercâmbio, entre-ajuda e para fazer uma caminhada, de fato, conjunta na Diocese.

2.8. Que na escolha de catequistas de Crisma se observem, o quanto possível, os critérios assinalados: capacidade de liderança; maturidade psicológica; maturidade na fé (formação bíblico-doutrinal); consciência crítica; capacidade de ligar a fé com a vida; bom relacionamento com a comunidade; ser pessoa comprometida com a Igreja e com a transformação da sociedade.

2.9. Quando possível o Conselho Comunitário apresente os candidatos à Crisma em uma missa (momento que a comunidade se faz presente em maior número) e que a comunidade promova Novena ou Tríduo em preparação, acompanhando na medida do possível a catequese crismal.

DIRETRIZES DIOCESANAS PARA A CATEQUESE DE ADULTOS
(Aprovadas na 4ª etapa da VIIIª Assembleia Diocesana
Valença, 21 de novembro de 1999)

1. Que se assuma, em toda a diocese, a catequese de adultos como “principal forma de catequese” (A catequese hoje nº 43), “levando as pessoas a um compromisso pessoal com Jesus Cristo e a uma entrega consciente à obediência da fé” (Medellín 8,9).

2. Que se fortaleçam e multipliquem as atuais formas de catequese de adultos tais como: Escola Bíblica popular, cursinhos bíblicos, Curso de Inverno, grupos de reflexão, círculos bíblicos etc.

3. Que haja esforço para superar a atual falta de agentes capazes de assumir a catequese de adultos, apoiando as pessoas que buscam formação religiosa e teológica, (dentro e fora da diocese), oferecendo condições e oportunidades de formação na diocese, ou mesmo nas paróquias.

4. Que se amplie a reflexão e se incentive a introdução progressiva do catecumenato batismal de adultos.

5. Que se considere, com especial atenção, a influência dos Meios de Comunicação Social. Ajudar as pessoas “arrastadas” pela prática religiosa veiculada através da mídia, a expressarem a fé em seu cotidiano, e a se comprometerem com a comunidade de fé na transformação da sociedade.

6. Que seja desenvolvida uma pastoral da acolhida, dentro e fora da Igreja, como testemunho do amor de Deus e, portanto, como força evangelizadora.

7. Que os grupos de jovens, grupos de PJ, Escola Missionária de Emaús e outros movimentos de jovens sejam também uma expressão de catequese permanente segundo as propostas de conteúdo da Pastoral de Juventude Nacional (CNBB).

8. Os adultos batizados, mas não praticantes, que procuram a Eucaristia e Crisma, serão engajados no catecumenato batismal.

9. Que os programas de formação dos movimentos eclesiais (Cursilho de Cristandade, Renovação Carismática Católica, Movimentos de Casais etc.) estejam em consonância com as diretrizes de formação da diocese.

DIRETRIZES DIOCESANAS PARA A
CATEQUESE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
(Aprovadas na 4ª etapa da VIIIª Assembleia Diocesana – Valença, Festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, 21 de novembro de 1999)

I) Dimensão Pedagógica

1. Que se promova a conscientização dos pais, mães, responsáveis e da comunidade, através de trabalhos missionários, mostrando a importância da catequese, para que superem, progressivamente, a visão de catequese reduzida tão somente à preparação para os sacramentos. Ajudar crianças e adolescentes a descobrir os sacramentos como sinais vivos da presença de Deus em nossa vida pessoal, em nossa comunidade e, colocá-los a serviço dos outros. Que a partir dos ensinamentos de Jesus se forme a consciência crítica e se desperte o desejo de testemunhar Jesus Cristo em comunidade, de tal maneira que, gradativamente, a participação comunitária venha a ser valorizada com vista à admissão aos sacramentos de iniciação.

2. Na atual situação das comunidades, que a preparação para o Sacramento da Eucaristia tenha a duração mínima de dois (02) anos completos.

3. Que sejam incentivadas experiências de catequese infantil nas casas de família para favorecer a integração da mesma na catequese e a crescente conscientização do papel primordial dos pais/mães na experiência de Deus e na educação da fé.

4. Que se procure fazer, de modo mais constante, principalmente em momentos fortes da Igreja e de família, visitas às famílias das crianças, no sentido de promover a integração da catequese com os principais educadores (pai/mãe), bem como mostrar-lhes sempre os textos e recursos usados para a educação da fé das referidas crianças. Estas visitas poderão ser feitas, também, por membros da comunidade.

5. Que se favoreça a organização de grupos de catequese permanente (coral infantil, oficinas de arte religiosa, escolas bíblicas, dança litúrgica, grupo de teatro, infância missionária etc.), orientadas para o aprofundamento da fé, para a integração e o serviço missionário na comunidade.

6. Que os grupos de catequese em preparação aos sacramentos, já existentes na paróquia, apliquem a dinâmica dos grupos citados no item anterior, para responder de maneira mais adequada e criativa às necessidades das crianças e adolescentes de nossa época.

7. Que as comunidades procurem criar condições para que o catequizando tenha sua Bíblia pessoal.

8. Que se promova e encaminhe, nas paróquias, a organização da catequese para portadores de deficiências.

II) Dimensão Celebrativa

1. Que seja favorecida a realização de uma catequese que, alicerçada na leitura orante da Bíblia, possibilite a escuta de Deus hoje e a prática de Sua Palavra, como fermento de transformação.

2. Que se trabalhe uma catequese que, desenvolvida em íntima relação com a liturgia, encaminhe à celebração inculturada e viva da fé na comunidade.

III) Dimensão Eclesial

1. Que se possibilite criar compromisso, através da reflexão, da ação e oração, com a vivência da fé no meio da sociedade, educando as crianças e adolescentes para a solidariedade com os pobres. Integrá-las nas iniciativas sociais locais, levando-as, ainda, a ajudarem na preservação do meio ambiente.

2. Que se desenvolva o sentido de pertença à comunidade, através de programações intercomunitárias e interparoquiais, em nível de cidades e, se possível, de diocese.

3. Que seja cultivada a abertura ao diferente. Em especial, criar nos catequizandos, catequista e família, abertura para o diálogo ecumênico.

IV) Dimensão Pastoral

1. Que seja promovida a conscientização (dos agentes de pastoral e de toda a comunidade) sobre a catequese hoje, com suas exigências para ser resposta às necessidades dos nossos dias. Incentivar as diversas pastorais a estarem atentas à sua dimensão catequética. Inserir a catequese num plano de pastoral de conjunto onde se perceba a unidade da Igreja, função maior dos párocos, dos Conselhos (CCP, CPP e CDPA) e da própria comunidade para com a catequese infantil.

2. Que se conscientizem pais e mães sobre seu papel fundamental na educação da fé dos filhos(as): na experiência do amor de Deus, da oração, do amor à Palavra de Deus; na resposta fiel às exigências práticas desta Palavra, da partilha, da bondade, do acolhimento, do respeito, da confiança mútua entre irmãos(ãs); no desenvolvimento do senso de justiça; na consciência da dignidade humana; na descoberta do valor da liberdade.

3. Que seja dada atenção à escola (espaço privilegiado da criança e do adolescente), propondo uma programação na dimensão educativa da fé, respeitando a liberdade religiosa, e o diálogo com as diferentes confissões.

4. Que as crianças, os(as) adolescentes e catequistas sejam envolvidos(as) nos projetos de evangelização da diocese.

SÍNODO DIOCESANO DA JUVENTUDE
Carta de Princípios e Pistas de Ação para a Evangelização da Juventude

Tema: JUVENTUDE: ESPERANÇA E DESAFIO DA IGREJA
Lema: “Eu já escuto os teus sinais!”

Ao vermos a juventude como esperança, estamos ao mesmo tempo, nos desafiando, renovando e transformando, para que o NOVO seja, realmente, mudança. Mudança esta que vai fazer a Igreja crescer como agente na promoção da pessoa e de sua dignidade, na renovação da comunidade, na participação e na construção da sociedade justa e solidária. Por isso, ao olharmos a realidade da juventude, através das quatro exigências de uma Nova Evangelização, buscando caminhos para a sua AÇÃO, a sua FORMAÇÃO, e a sua ESPIRITUALIDADE, esperamos ter caminhado no sentido de fazer a juventude “protagonista da evangelização”, como nos disse o Papa João Paulo II no Sínodo sobre os Leigos:

Os jovens não devem ser considerados simplesmente como objeto de solicitude pastoral da Igreja: são, de fato, e devem ser encorajados, a serem ativos, protagonistas da evangelização e artífices de renovação social. A Igreja tem tantas coisas para dizer aos jovens, e os jovens têm tantas coisas a dizer para a Igreja. este diálogo recíproco, que deverá fazer-se com grande cordialidade, clareza e coragem, favorecerá o encontro e o intercâmbio das gerações, e será fonte de riqueza e de juventude para a Igreja e para a sociedade. (Christifideles Laici – Capítulo IV – 45/50)

Desde a Assembléia Diocesana de 2004, nesta mesma caminhada sinodal que tem priorizado a questão da juventude, foi decidido que, com o objetivo de (1) articular e mobilizar as diversas experiências de trabalho com os jovens – Pastorais e Movimentos, (2) promovendo assim a unidade e o intercâmbio no trabalho de Evangelização Juvenil em nossa Diocese; visando ainda (3) responder ao anseio de participação da juventude e a (4) contribuir com a sua organização e (5) formação, fica criado o SETOR JUVENTUDE, cujo a formação é diocesana e por regiões pastorais. Sua composição segue, em anexo, nominalmente.

1. Serviço:

A Evangelização da Juventude incide na estruturação da pessoa e da sociedade. Implica em atitudes fundamentais e em atividades transformadoras. Faz, com as nossas ações, o Evangelho presente na realidade da juventude.

1.1 – Acolher, dialogar e valorizar os jovens nos diversos serviços das nossas comunidades, com uma formação permanente, suscitando, assim, novas lideranças na Igreja e na sociedade.

1.2 – Estar atentos aos anseios da juventude, dispensando especial atenção aos jovens excluídos: “deficientes”, àqueles que sofrem com o desemprego e os baixos salários; menores infratores, encarcerados e dependentes químicos.

1.3 – Proporcionar à juventude espaço físico para o lazer; promover eventos culturais e de resgate das tradições locais.

1.4 – Envolver a juventude nas entidades, associações comunitárias (de moradores) e movimentos populares.

1.5 – Incentivar a participação da juventude nos eventos sociais das Paróquias da Diocese, como por exemplo: Educação para a Cidadania, Romaria dos Trabalhadores, Romaria do Quilombo São José da Serra, Valorização das Semanas Sociais, do Grito dos Excluídos, e, da Campanha da Fraternidade.

1.6 – Priorizar na Agenda Diocesana, a Semana da Cidadania: Participação nas reuniões das Câmaras de Vereadores; conhecer os direitos; reuniões em grupos de comunidade; abordagem do tema da gravidez na adolescência.

1.7 – Promover, junto aos jovens, projetos sociais que atendam às comunidades carentes. Exemplo: os jovens universitários poderiam organizar projetos sociais que atendam as comunidades carentes, no modelo do Projeto Chama, Trote Solidário…

1.8 – Serviço de apoio às iniciativas de Cursos Profissionalizantes e educativos (Pré-Vestibular, Reforço Escolar, Criação de Bibliotecas Comunitárias, Cursos de Informática…) para a juventude.

1.9 – Promover oficinas para os jovens que tratem de temas diversos, tal como: sexualidade, dependência química e outros relacionados à sua realidade, buscando suscitar uma visão crítico-criativa na elaboração de políticas públicas para a juventude.

1.10 – Incentivar os jovens ao protagonismo, para a criação e/ou participação nos Conselhos Municipais da Juventude.

1.11 – Propor uma Evangelização Integral da Juventude que inclua, de forma explícita, a sua formação para atuar na sociedade e especialmente em seu atual ou futuro campo profissional.

2. Diálogo:

Para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo no meio da juventude, a Igreja tem que ser educada permanentemente na espiritualidade do diálogo, favorecendo, assim, a re-aproximação e o diálogo com todas as pessoas empenhadas na busca da justiça, na construção de uma sociedade justa e fraterna, e na valorização das diversas culturas.

2.1 – Que haja, nos grupos, uma educação permanente para a valorização do diferente; apoio às culturas populares e oprimidas (capoeira…), como também culturas emergentes (danças de break, hip-hop…) visando a superação de qualquer espécie de discriminação.

2.2 – Educar para o diálogo sincero e caridoso, possibilitando que os jovens se expressem, descubram e assumam os valores cristãos universais.

2.3 – Abertura ao Ecumenismo e ao Diálogo Inter-religioso, favorecendo o intercâmbio com os jovens de outras denominações religiosas, incentivando a participação nas Semanas de Oração pela Unidade dos Cristãos, as Campanhas da Fraternidade Ecumênicas e o Espírito Religioso.

2.4 – Abertura e participação nos gestos concretos sócias, comuns entre as Igrejas Cristãs.

2.5 – Rever nossa linguagem e métodos evangelizadores para favorecer o relacionamento entre os jovens de dentro e fora da Igreja.

2.6 – Intensificar o diálogo com os Educadores e Instituições Educacionais, nos seus diversos níveis, e Instituições Culturais, em vista da transmissão da fé às novas gerações.

2.7 – Incentivar a Pastoral da Educação como lugar de encontro da fé e da cultura nas Instituições Educacionais.

2.8 – Proporcionar aos Agentes de Pastoral que atuam com a(s) juventude(s), um espaço de discernimento sobre os valores e contra valores da cultura atual marcada pelo provisório, descartável, pelo consumismo, pelo hedonismo. Buscar caminhos para o anúncio dos valores evangélicos, sobretudo, para aqueles aos quais os jovens são mais sensíveis.

3. Anúncio:

A Igreja é chamada a anunciar, no meio da juventude, a pessoa de Jesus Cristo e o seu Evangelho, suscitando a adesão pessoa da fé, o seguimento na comunidade e o serviço solidário ao Reino.

3.1 – A juventude deve se envolver nas Santas Missões, especialmente nas Missões entre jovens (“Jovens evangelizando Jovens”).

3.2 – Promover Retiros de Espiritualidade para a(s) juventude(s).

3.3 – Fazer revisão constante do trabalho com os jovens.

3.4 – Propiciar aos jovens espaços e conhecimento, para que possam expressar sua(s) realidade(s) nas celebrações.

3.5 – Adequar a linguagem no trabalho junto a(s) juventude(s), utilizando recursos eficazes na Evangelização da Juventude.

3.6 – Promover formação adequada às pessoas adultas que acompanham os grupos de adolescentes e jovens buscando descobrir novos assessores.

3.7 – Aprimorar a proposta catequética de iniciação e de acompanhamento dos jovens no amadurecimento da fé, com atenção especial à catequese de crisma e ao catecumenato de jovens.

3.8 – Criar momentos de encontros sistemáticos das várias metodologias das pastorais e movimentos da(s) juventude(s) buscando objetivar o conteúdo da fé que queremos transmitir aos jovens do nosso tempo.

3.9 – Trabalhar, com maior intensidade, para que o Ensino Religioso seja mais articulado com a paróquia.

3.10 – Elaborar uma proposta de evangelização integral para a juventude, capaz de contemplar as dimensões antropológico-comunitário-políticas.

3.11 – Buscar (sempre) encontrar (um) Assessor(es) para a(s) Juventude(s).

4. Testemunho de Comunhão

O Testemunho é a forma integrante e indispensável de Evangelizar a(s) juventude(s). Por isso, a comunidade eclesial é chamada a crescer constantemente na comunhão, integrando os vários grupos, pastorais, serviços e movimentos eclesiais.

4.1 – Apostar na(s) Juventude(s), valorizando-a(s) nos Ministérios, Serviços, Pastorais, Movimentos da Igreja e Animação na vida da Comunidade (Conselhos)

4.2 – Educar para a Pastoral de Conjunto, superando individualismos pastorais.

4.3 – Reconhecer a necessidade dos adultos apoiarem os trabalhos comunitários da juventude a necessidade de a juventude estar aberta ao respeito às antigas lideranças.

4.4 – Formar jovens para a Coordenação das Comunidades, abrindo espaço para que se integrem, com mais facilidade, à comunidade eclesial (ter sempre um jovem no grupo de coordenação da comunidade eclesial).

4.5 – Mostrar para toda a comunidade que os jovens têm suas qualidades, virtudes e sonhos, e que devem ser compreendidos e valorizados.

4.6 – Priorizar, na Pastoral Vocacional, a valorização dos diversos carismas e a formação do Povo de Deus, com destaque especial para o Ministério Ordenado e a Vida Consagrada.

SÍNODO DIOCESANO DA LITURGIA
Diretrizes de Liturgia Aprovadas aos 29 de novembro de 2009

I: Que Pastoral da Liturgia queremos?

Essas orientações pastorais sobre a vida litúrgica em nossa Igreja Particular são fruto de um processo comunitário-participativo no qual procuramos ouvir o que o “Espírito diz” para a maior glória de Deus. Assim a Pastoral Diocesana da Liturgia e Canto diante de uma lacuna sentida por todos, iniciou em 2008 um trabalho de escuta dos Regionais de nossa Diocese, com avaliações e troca de idéias com os responsáveis paroquiais pela animação litúrgica.

A grande preocupação foi reforçar o perfil de uma Pastoral Litúrgica que seja sinal do seguimento de Jesus Cristo, que comprometa a Comunidade e a torne sensível às necessidades dos irmãos e leve ao engajamento eclesial e social. Uma Pastoral que empreenda esforços e iniciativas para animar a vida litúrgica da Comunidade, Paróquia e Diocese, levando em conta sua realidade histórica, cultural, social e eclesial, para que todos possam participar da Liturgia de forma ativa, plena e dela possam colher frutos espirituais. Pastoral litúrgica que ajude as Comunidades a se apropriar do princípio ditado pelo Concílio Vaticano II de que a Liturgia é cume e fonte da vida da Igreja e da sua ação pastoral. Pastoral Litúrgica que promova uma Liturgia de acordo com a visão de Igreja assumida na América Latina a partir do Concílio Vaticano II e das Conferências Episcopais do nosso Continente.

1. Igreja Comunidade, enraizada na melhor Comunidade, a Santíssima Trindade, que valoriza as relações intersubjetivas, comunitárias e sociais; Igreja da Palavra, de discípulos missionários que enraíze sua caminhada no Mistério Pascal celebrado na Liturgia e vivido no cotidiano, que nasce e se reúne pela graça batismal em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; Igreja servidora do Reino de Deus, solidária com os pobres e comprometida com a cidadania, no exercício do lava-pés. Igreja Corpo de Cristo em que todos os membros se alimentam da Palavra e do Sacramento do Corpo do Senhor, bem como dos demais Sacramentos.

2. Igreja, Povo Sacerdotal todo ministerial, que valorize os Ministérios Eclesiais de homens e mulheres, e cultive uma mística batismal que sustente relações de igualdade entre todos os Ministérios (ordenados ou não) compreendidos como manifestações do Espírito para o louvor e a glória de Deus-Pai, no seguimento de Jesus e no serviço ao Povo de Deus, especialmente os mais pobres.

3. A Sacrossanctum Concilium tratou como verdadeiros Ministérios os Acólitos, os Leitores, os Músicos… (SC 29). No Brasil se destacaram os Ministros/as Extraordinário/as da Comunhão Eucarística e, mais recentemente, os Ministros/as da Palavra com a função específica de coordenar as Assembléias Dominicais, como exercício da missão sacerdotal, herdada no Batismo. São verdadeiros Ministérios, porque correspondem aos carismas dados pelo Espírito Santo em vista de responder às necessidades da Comunidade, para fazer atuar na história o Mistério da Salvação.

II: Diretrizes Gerais da Pastoral da Liturgia:

1. Promover a formação bíblica e teológico-litúrgica para presbíteros, ministros/as da Palavra, leitores, salmistas, ministros/as extraordinários da Comunhão Eucarística e acólitos/as, músicos (animadores do canto, cantores e instrumentistas) e também para o povo. Uma formação que conduza à participação ativa, consciente e frutuosa do Mistério Pascal do Senhor; que contribua para evitar criatividades sem critérios que alimenta o folclore religioso; e para superar o neo-ritualismo e clericalismo. Para isso:

a) Conhecer os Documentos da Igreja sobre a liturgia e continuar insistindo na necessidade da inculturação séria, enraizada na cultura e na tradição litúrgica, para unir vida e liturgia e fazer da liturgia fonte de espiritualidade.

b) Incentivar o estudo da Constituição Sacrosanctum Concilium e dos Documentos da CNBB: Animação da Vida Litúrgica no Brasil (43) e Orientações sobre a Celebração da Palavra de Deus (52). Tornar conhecidos e acessíveis os subsídios que auxiliam na formação litúrgica das comunidades e agentes da pastoral litúrgica do Brasil, como o Guia Litúrgico Pastoral da CNBB e outros.

c) Ter como prática metodológica a formação na ação, valendo-se do recurso pedagógico da “vivência litúrgica” em função do aprendizado não apenas como transmissão de conhecimento, mas que resulte do envolvimento da pessoa em sua totalidade.

d) Os momentos formativos procurem integrar o diálogo com a piedade popular para que as práticas devocionais não sejam paralelas e distantes do mistério pascal celebrado na liturgia.

e) Promover a formação de agentes para participação em celebrações ecumênicas.

f) Promover a adequada formação (bíblica, litúrgica, espiritual, técnica) dos ministros e ministras da Palavra.

g) Superar dificuldades em relação às distâncias e aos recursos para custear as despesas de encontros e cursos de formação litúrgica.

h) Valorizar o Ministério da Acolhida em nossas assembléias litúrgicas.

2. Retomar, com a devida solicitude, o cultivo da espiritualidade litúrgica que tem sua fonte no Mistério Pascal e se alimenta na celebração da Palavra, no Ofício Divino, no ano litúrgico, na música, nos sacramentos e, sobretudo, na celebração da Eucaristia. Para melhor aprofundar a vivência do mistério, enfatizar a dimensão orante e valorizar o silêncio nas celebrações.

3. Recuperar, nas celebrações do Matrimônio, o sentido teológico da união do homem e da mulher à luz do Mistério Pascal de Jesus. Evitem-se os exageros nas ornamentações e a escolha inadequada de músicas e ritos. O rito sacramental com seu potencial simbólico e sentido teológico seja o ponto de partida para a preparação dos noivos.

4. Dar atenção especial às celebrações por ocasião da morte, momento privilegiado para responder à busca de sentido da vida, a partir do sentido da morte expresso no rito.

5. Rever a organização dos espaços celebrativos em nossas comunidades a partir de critérios litúrgicos. Para isso, criar uma comissão diocesana de arte sacra, com assessoria de pessoas competentes (liturgistas, arquitetos…), para orientar presbíteros e Comunidades nas construções e reformas dos espaços celebrativos.

6. Valorizar as celebrações nas periferias da cidade e na zona rural, tanto na Igreja como nas casas.

7. Que a equipe diocesana de liturgia e canto integre como membros os músicos (cantores/as, instrumentistas e animadores do canto) e trabalhe para unir músicos e equipes de liturgia nas paróquias e comunidades, para que a música, levando em conta o momento ritual e o tempo litúrgico, expresse o Mistério celebrado. Os salmos devem ser cantados, com melodias de fácil participação do povo e que, de fato, reforcem a letra do salmo e ajudem a meditar. Valorizar o hinário litúrgico da CNBB. Músicas catequéticas, de filmes e novelas…, não devem ser incentivadas nas Celebrações.

8. Criar as condições necessárias para chegar a eliminar os folhetos litúrgicos, em função de maior participação dos fieis nas celebrações. Uma destas condições é ter um livro de canto, elaborado com critérios litúrgicos, que contemple todas as celebrações do ano litúrgico.

9. Que as homilias sejam cuidadosamente preparadas; que superem o estilo de pregação doutrinal e genérica, e se constituam numa palavra vital para as pessoas que vêm em busca de uma luz para o seu caminho de fé. Uma alternativa para chegar a isso é a Leitura Orante da Bíblia, como prática diária e permanente (valendo também para quem exerce outros Ministérios).

10. Que a celebração do Ofício Divino seja incentivada em nossas comunidades, aproveitando a versão popular “Ofício Divino das Comunidades”. A Leitura Orante da Bíblia seja praticada, não apenas em função de preparar a proclamação de uma leitura ou a homilia, mas como método eficaz de oração pessoal e comunitária, proposta a toda a comunidade.

11. Busque-se a inculturação das missas e de outras celebrações resgatando a religiosidade, a cultura e as tradições do povo. O processo de inculturação da liturgia deve ser estudado e avaliado para garantir a ligação entre vida e liturgia e entre liturgia e cultura local.

12. Recuperar o sentido do sagrado e do mistério frente a uma cultura que privilegia o material, a eficiência, e o científico.

13. Cuidar da preparação das celebrações litúrgicas nas assembléias e encontros de pastoral e nos eventos de nível diocesano. As celebrações diocesanas devem revelar a eclesiologia assumida nos últimos anos, em nossa caminhada pastoral.

14. Uma boa orientação para as equipes de liturgia é o roteiro básico de preparação das celebrações (cf. CNBB, doc 52 e Subsídio da CNBB, 3 – Celebração da Palavra de Deus) e se preocupem com a linguagem. Valorizar a dinâmica da ‘vivência litúrgica’ como recurso pedagógico na preparação das pessoas para atuarem, da melhor maneira, nas respectivas funções.

15. Estar atentos à influência das celebrações transmitidas pela mídia que, tantas vezes, deturpam o sentido e a natureza da liturgia.

16. As comunidades eclesiais que no Dia do Senhor ficam privadas da celebração Eucarística realizem a celebração da Palavra de Deus e, de preferência, presididas por ministros da própria comunidade.

17. Que as celebrações ecumênicas (Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, Cultos em formaturas etc…) sejam preparadas adequadamente.

18. Criar espaços que facilitem o acesso e a participação das pessoas com deficiências em nossas celebrações. Criar também, momentos de formação e celebrações para atender as pessoas com deficiência auditiva e visual.

19. As celebrações litúrgicas em nossa Diocese sejam celebradas nas Comunidades Eclesiais. Não estão previstas possibilidades de celebrações de matrimônios e batismos em clubes, fazendas, sítios, chácaras…

20. Criar um roteiro para as Horas Santas, seguindo as instruções oferecidas pelos documentos pós-conciliares, especialmente a Misterium Fidei (1965) e Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico (1967).

21. Ressaltar insistentemente o caráter gratuito da liturgia de forma a evitar sua “instrumentalização” para fins de doutrinação, sem negar a dimensão catequética, social e evangelizadora da liturgia.

22. Introduzir, progressivamente, nas celebrações dominicais sem o presbítero, orações de louvor e ação de graças, com bênção de alimentos, como preparação paulatina das comunidades para que venham a aceitar, no futuro, Celebrações Eucarísticas do Dia do Senhor, presididas por equipes de ministros locais, ordenados para esse ministério específico.

III. Ministérios Litúrgicos:

1. Os Ministérios Litúrgicos, ao lado de tantos outros exercidos com dignidade, competência e generosidade, por incontável número de fiéis em nossas Comunidades, resgatam, mais uma vez, as três grandes imagens da Igreja, presentes no Novo Testamento e realçadas no Concílio Vaticano II: “Corpo de Cristo”, “Povo de Deus” e “Templo do Espírito”.

2. Uma Igreja que cresce em dinâmica comunional, com a emergência de novos ministérios é, certamente, sempre mais, uma Igreja que se autocompreende como comum-união de pastores e discípulos, de ministros ordenados e ministros e servidores, enraizada no Mistério Trinitário (cf 1Cor 12,4-6). A igualdade fundamental de todos é sublinhada e, ao mesmo tempo, é salvaguardada a peculiaridade do ministério pastoral que é de ser elo e sinal de comunhão entre fiéis e as Comunidades, e destas com a Igreja primitiva de Jerusalém.

3. Os ministérios exercidos pelos fiéis são verdadeiros ministérios que correspondem aos carismas dados pelo Espírito Santo em vista de responder às necessidades das comunidades, em sua função de fazer atuar na história o Mistério da Salvação. Se a carência de Presbíteros indicou como solução esses ministérios, fique claro que eles podem existir, mesmo existam que os presbíteros em número suficiente para a demanda sacramental, pois, são carismas que devem ser acolhidos e estimulados na vida da Igreja. Os ministérios eclesiais (na presidência e nos demais serviços litúrgicos) tem função e dignidade própria, em decorrência do Batismo.

4. Em vista disso, os conselhos pastorais, de comum acordo com seus respectivos párocos, deverão determinar locais, dias e horários das celebrações que serão presididas pelos presbíteros, diáconos e pelos ministros, evitando, assim, possível desvalorização dos ministérios exercidos por leigos.

5. E, para o bom e reto exercício desses mesmos ministérios, os párocos e seus conselhos pastorais deverão estar atentos, também, aos critérios de escolha dos ministros, a saber: sejam fiéis de vida cristã exemplar, de fé amadurecida e comprovada, de aceitação por parte do conjunto da comunidade, com formação bíblico-teológica-litúrgica para o bom desempenho na ação litúrgica, com sensibilidade humana de relacionamento e comunicação, para um bom acolhimento dos irmãos e irmãs, sobretudo, aqueles sem engajamento comunitário.

6. Para garantir que o ministério não seja dado a alguém como forma de promoção ou honraria, a comunidade seja ouvida, especialmente o Conselho Pastoral, e o prazo para o exercício do ministério seja limitado a dois anos, renovável por mais um.

7. A formação para os ministros da Palavra e da Comunhão Eucarística, pode ser realizada em nível de paróquia ou comunidade, podendo contar com a equipe diocesana de liturgia e canto. O importante é que esta formação seja feita junto com os demais ministérios litúrgicos, ainda que possa haver momentos específicos referentes à sua função específica. Ter um temário diocesano para a formação dos ministros.

8. Quanto às vestes: sejam valorizadas, como elemento simbólico que dá visibilidade a todos os ministérios e correspondam ao senso religioso do povo. Seria um bom avanço se pudessem ser pensadas para todos os ministérios litúrgicos (coordenadores da celebração da Palavra, leitores, salmistas, ministros extraordinários da Comunhão Eucarística…). Não insistir na distinção, acentuada em nossa Igreja, de adotar veste diferenciada para o Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística e, recentemente, para o coroinha. Além disso, sendo veste litúrgica, seria preferível modelos que superem o jaleco (que está mais para uniforme de trabalho, não correspondendo ao caráter simbólico próprio da liturgia).

BÊNÇÃO DO PASTOR

“A GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO, O AMOR DE DEUS E A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO ESTEJAM COM TODOS VOCÊS” (2Cor 13,13)

Caríssimos irmãos e irmãs,
Com a consciência de que estas Diretrizes são fruto da Comunidade Diocesana, através da aprovação em Assembleias realizadas em nível de Comunidade, de Paróquia e de Diocese, confiamos que todos (as) os (as) diocesanos(as) terão a preocupação de pô-las em prática no dia a dia, para tornar mais vivo o testemunho de nossa fé n’Aquele que “está no meio de nós”.
Pedindo as bênçãos do Bom Pastor sobre todos,

Fraternalmente em Cristo,

Dom Elias Manning, ofm conv.

Bispo Diocesano

VISÃO GERAL DAS NOVAS DIRETRIZES 2015-2019
AS SEIS URGENCIAS PASTORAIS

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reunida em sua 53a Assembleia Geral, fez a atualização das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora, para o quadriênio 2015- 2019. Na Assembleia Geral de 2014, foi tomada a decisão de não se elaborar novas diretrizes, mas atualizar as que estavam em vigor (2011-2015) à luz da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo de hoje. Como foram reorganizados os conteúdos, respeitando-se o específico de cada capítulo, para favorecer a organicidade do texto, é importante notar que muitos números ou frases mudaram de lugar. Com isso, se quis colocar os temas em uma sequência que favorecesse a compreensão. Com base nesses mesmos critérios – sequência temática e facilitação da leitura – sempre que possível, foram excluídas as repetições e unidos temas afins. Em vista do estudo e do acolhimento das Diretrizes, é importante considerar os seguintes pontos:

1. O que há de novo nas Diretrizes aprovadas?

O Magistério do Papa Francisco é amplamente acolhido, principalmente a exortação apostólica Evangelii Gaudium. É também significativo o acolhimento dos temas presentes nos discursos do Papa aos Bispos durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (aos Bispos do Brasil e aos dirigentes do CELAM) e na Bula Misericordiae Vultus, embora suas citações não sejam muito numerosas, são importantes para as novas Diretrizes.
O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II, o Ano da Vida Consagrada, o Ano da Paz e os 300 Anos do encontro da imagem de N. Sra. Aparecida são acontecimentos eclesiais cuja referência é muito significativa para aspectos novos das atuais Diretrizes.

2. Quais as novidades no conteúdo das Diretrizes?

a) No capítulo I (Partir de Jesus Cristo) se encontram a cristologia e a eclesiologia do documento. Na cristologia, à ênfase nas atitudes de “gratuidade” e “alteridade”, juntou-se, como ênfase principal, a temática do “Reino de Deus” e sua centralidade na vida, na pregação e nos sinais realizados por Jesus Cristo. Inseriu-se também uma reflexão trinitária, que destaca a missão do Filho e do Espírito Santo como manifestação do amor do Pai, que quer a salvação de todos.

b) A eclesiologia foi mais explicitada, atendendo ao que foi pedido pela Assembleia Geral de 2014. A ação evangelizadora é apresentada como consequência da fidelidade da Igreja a Jesus Cristo, o que implica que também a sua relação com o Reino de Deus e com o mistério da Santíssima Trindade. A missão da Igreja é continuação da missão de Cristo. Ela existe no mundo como “ícone da Trindade”, para anunciar o Reino de Deus e testemunhá-lo. Acolhe-se ainda a ênfase do Papa Francisco em uma Igreja “em saída”, “casa aberta do Pai”, “misericordiosa”, que continuamente se renova em vista da missão que lhe foi confiada. No capítulo II (Marcas de nosso tempo), a análise do contexto no qual a Igreja é chamada a cumprir a sua missão evangelizadora é feita numa perspectiva pastoral, à luz do Evangelho, como discernimento dos sinais dos tempos. A mudança de época é mantida como característica global de “leitura” das características de nosso tempo. Nisso se verifica não apenas uma importante continuidade com relação às Diretrizes anteriores, mas, sobretudo com a Evangelii Gaudium e com o Documento de Aparecida. Procurou-se acolher a reflexão que o Papa Francisco faz da globalização, especialmente a constatação da “globalização da indiferença” e urgente necessidade de “globalização da solidariedade”.

c) Na análise do desafio pastoral que as tendências culturais representam (individualismo, fundamentalismo, relativismo e outros reducionismos), se explicita que o critério principal é antropológico. À luz do Evangelho e de sua rica Tradição, a Igreja anuncia uma antropologia integral. A partir dela se evidencia as concepções redutivas do ser humano presentes em nosso tempo. Inspirada na Evangelii Gaudium, as Diretrizes compreendem as consequências para o âmbito religioso e, em particular, para a Igreja Católica, a partir da “crise do compromisso comunitário”. O anúncio de Jesus Cristo convida ao encontro com Ele, à conversão e à vivência eclesial da fé, propondo-se, para tanto, “uma figura de comunidade eclesial acolhedora e missionária” (n. 26). Os capítulos III e IV (Urgências na ação evangelizadora e Perspectivas de ação), como já dito, foram reestruturados. Entre os temas novos aí acolhidos ou aspectos novos de temas presentes nas Diretrizes anteriores, se destacam: a centralidade do querigma e a missão como paradigma de toda a ação eclesial; a inspiração catecumenal da catequese e sua relação com a liturgia; e o desafio pastoral e social representado pela Amazônia. As Indicações de operacionalização (Anexo) receberam uma redação inteiramente nova. Seu objetivo é oferecer orientações metodológicas gerais em vista da elaboração dos planos de pastoral. Em oito passos, elas procuram abranger todo o processo de planejamento, da execução do plano diocesano de pastoral e de sua contínua avaliação.

No Planejamento da ação evangelizadora, à luz das novas Diretrizes, é importante considerar não apenas os novos aspectos, mas continuar a realizar os aspectos conservados, pois certamente não foram esgotados. A recepção das Diretrizes em cada Igreja Particular pressupõe a consideração atenta da realidade sociocultural, religiosa e eclesial local. Nessa correlação entre a unidade que as DGAE favorecem e a diversidade dos contextos locais, espera-se que as novidades, assim como a continuação, fortaleçam a ação evangelizadora.

I. – Objetivo Geral das pistas Pastorais:

EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus de Deus e pela Eucaristia, á luz da evangélica opção preferencial pelos pobres para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo.

II. – As Seis Urgências Pastorais

As Diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil apontam cinco urgências pastorais que devem guiar a caminhada da Igreja durante o próximo quadriênio. Aqui, em nossa Diocese, incluímos uma sexta que seria a juventude. Urgência implica algo que não pode esperar mais, que tem de ser feito imediatamente. Antes, falavam de linhas pastorais e de opções pastorais, mas hoje as Diretrizes da Ação Evangelizadora falam de urgências pastorais. Queremos nossas pastorais com espírito missionário, que percebam que é necessário ir ao encontro das pessoas e não aguardar simplesmente que elas venham em busca de algum serviço ou atendimento. Nossas pastorais não podem se reduzir a instâncias prestadoras de serviço, como se fossem qualquer outra instituição. As urgências devem ser assumidas por todos, no seu conjunto.

1ª. Urgência – Igreja em estado permanente de missão

Queremos renovar e recuperar o ardor missionário. Por isso, este primeiro ponto possui três características:

a) urgência (em decorrência da oscilação de critérios, que não têm estabilidade e na ausência de valores permanentes);

b) amplitude (destinada a atingir todas as pessoas);

c) inclusão (reconhece que todas as situações, tempos e lugares são interlocutores). O discípulo missionário tem que “sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo” (Doc. de Aparecida No. 548). A consciência missionária “deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todas as iniciativas pastorais”.

A Igreja precisa de uma “conversão pastoral”, através da qual se ultrapassam os limites de uma “pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”.

Perspectiva de Ação:

  • Trabalhar a Pastoral ordinária – acolher bem e manter viva a fé dos que frequentam regularmente a comunidade paroquial.
  • Dar prioridade aos grupos humanos e às categorias sociais que merecem atenção especial, tais como: os pobres, intelectuais, professores, artistas, políticos, juristas, formadores de opinião, pessoas com deficiência, pessoas que atuam nos meios de comunicação.
  • Dar continuidade as Missões populares.
    Implantar os conselhos Pastorais, comunitários e econômicos, promovendo a articulação entre eles para que aconteça, anualmente, a Assembléia de pastoral paroquial.

2ª. Urgência – Igreja, casa da iniciação à vida cristã

A Diocese de Valença deseja trabalhar fortemente para iniciar os cristãos a um caminho de encontro com Jesus Cristo, mais profundo, mais íntimo, que renove e transforme as suas vidas. Uma chave de interpretação desta urgência é indicar que a iniciação à vida cristã não envolve apenas quem se prepara para o Batismo ou Primeira Comunhão. “Implica também aqueles que já foram batizados, mas foram preparados muito rapidamente: portanto, não se deu neles um processo de verdadeira conversão e adesão a Jesus Cristo e à Igreja”. Essas pessoas, como não foram devidamente evangelizadas, começam a viver um pouco à margem da vida cristã. E há também aqueles que têm fé, mas com pouco fundamento, não sendo capaz de dar razão de sua fé diante dos desafios do mundo de hoje, quando é questionado e colocado em dificuldade. Por isso, um renovado e mais adequado processo de iniciação à vida cristã é fundamental em todas as paróquias. Também este processo deve ter um forte conteúdo bíblico.

Perspectiva de Ação:

  • A catequese de inspiração catecumenal adquire grande importância. Trata-se não de uma catequese ocasional, como preparação para receber um sacramento, mas continuada, já que nela há uma estreita relação entre bíblia, catequese e liturgia.
  • A Pastoral litúrgica deve conjugar os esforços e as iniciativas necessárias para animar a vida litúrgica da comunidade, levando em conta sua realidade histórica, cultural e eclesial sempre em relação com os documentos oficiais da Igreja.
  • A manifestações da piedade popular católica precisam ser valorizadas e estimuladas e, onde for necessário, purificadas, Elas tem muito a nos ensinar e, para quem souber tê-las, serão um lugar teológico em que devemos prestar atenção, particularmente , na hora de pensar a nova evangelização.
  • Formação e valorização dos leigos num sentido amplo e não ficar restrito á dimensão extraordinária da liturgia.
  • Instaurar a escola catequética paroquial.

3ª. Urgência – Igreja, lugar de animação bíblica da vida e da pastoral

“Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3,16). O atual momento da ação evangelizadora convida o discípulo missionário a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo. A Igreja hoje tem consciência de que “particularmente as novas gerações têm necessidade de ser introduzidas na Palavra de Deus através do encontro e do testemunho autêntico do adulto, da influência positiva dos amigos e da grande campanha que é a comunidade eclesial”. Infelizmente podemos constatar que a Bíblia, algumas vezes, não é usada como luz para vida. Desejamos que a iniciação à vida cristã e a Palavra de Deus, que estão intimamente ligadas, sejam a grande preocupação das paróquias e comunidades de nossa Diocese. A Igreja, como casa da Palavra deve, antes de tudo, privilegiar a Liturgia, pois esta é o âmbito privilegiado onde Deus fala à comunidade. “Nela Deus fala e o povo escuta e responde. Cada ação litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Escritura Sagrada”. Enfatizamos a importância dos círculos bíblicos. Especial atenção merece a homilia atualizando a mensagem da bíblia.

Perspectiva de Ação:

  • Reenvangelização para os que foram batizados e vivem como se Deus não existisse.
    Valorização da Palavra de Deus na Liturgia, formando, assim, equipes de leitores hábeis para proclamar e testemunhar a Santa Palavra de Deus.
  • Preparar bem a homilia, pois essa faz parte integrante da Sagrada Liturgia.
    Ajudar e orientar os ministros leigos que assumem o ministério da Palavra nas celebrações com a ausência de presbíteros.
  • Criar uma equipe paroquial para dar formação permanente aos coordenadores de círculos bíblicos.
  • Utilizar as redes sociais para como novo espaço para a propagação do Evangelho

4 – Igreja, comunidade de comunidades

“Sem vida em comunidade, não há como efetivamente viver a proposta cristã, isto é, o Reino de Deus. A comunidade acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta”. As Diretrizes afirmam que “em nossos dias, além das comunidades territorialmente estabelecidas, nos deparamos com comunidade transterritoriais, ambientais e afetivas” com um rápido crescimento das comunidades virtuais, tão presentes na cultura juvenil atual. Estes fatos abrem novos horizontes de concretização comunitária.
Hoje as atividades da Igreja Matriz não conseguem alcançar as pessoas nas periferias, nos bairros mais afastados, nas áreas rurais e até em certos grupos habitacionais. Por isso, “é necessário criar uma rede de comunidades eclesiais, que é um modo de a Igreja sair da vida apenas da paróquia e ir ao encontro das pessoas, criando pequenas comunidades, centros de encontro, dando responsabilidade aos leigos, que podem exercer alguns ministérios, como a celebração da Palavra, levar a Eucaristia às pessoas que participam da celebração, aos doentes e idosos do bairro… animar a oração, a devoção e os cânticos”. Dessa forma, os fiéis sentem que a Igreja está próxima, foi ao seu encontro, está ali para assisti-los. Assim, é necessário que as comunidades formem verdadeiras redes, que vivam em comunhão umas com as outras e com a matriz.

Perspectiva de Ação:

  • Setorização da Paróquia em unidades menores, com equipes próprias de animação e de coordenação para favorecer a maior proximidade com as pessoas e grupos da localidade.
  • As comunidades rurais ou Cebs, alimentada pela Palavra de Deus, pela fraternidade, pela oração e pela Eucaristia, são sinais de vitalidade e comunhão da Igreja.
  • Criar grupos de debates e estudos segundo o objeto de interesse.
  • Criar e promover comunidades acadêmicas em ambientes acadêmicos e culturais.
  • Priorizar em nível paroquial e diocesano a Pastoral vocacional voltada a todas as formas de vocações.
  • Valorizar e promover a presença da vida consagrada e religiosa em nossa Igreja Particular, mantendo sempre uma aproximação solidária.
  • Incentivar as diversas formas válidas de pequenas comunidades, movimentos, associações, grupos de vida e oração, que são, na verdade, uma riqueza para a Igreja que o Espírito Santo suscita para evangelizar todos os ambientes e setores.
  • Articular bem as ações evangelizadoras a nível diocesano, regionais e paroquiais, através da Pastoral orgânica e de conjunto, evitando assim, improvisos pastorais, bem como contra testemunhos da divisão e da competição entre grupos e setores da Igreja diocesana.

5ª. Urgência – Igreja a serviço da vida plena para todos

“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10. 10). A vida é dom de Deus! A Igreja no Brasil sabe que “nossos povos não querem andar pelas sombras da morte. Têm sede de vida e felicidade em Cristo” (Doc. Apar. N.350). Por isso, a Igreja proclama com vigor que “as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor, contradizem o projeto do Pai e desafiam os discípulos missionários a um maior compromisso a favor da cultura da vida” (Doc. Apar. No. 358). O discípulo missionário não se cala diante da vida impedida de nascer seja por decisão individual, seja pela legislação e despenalização do aborto. A Igreja defende a vida como dom de Deus desde o começo até seu término natural. Nossa opção pelos pobres “vai além da doação caritativa, implica convívio, relacionamento fraterno, atenção, escuta, acompanhamento nas dificuldades, buscando, a partir dos próprios pobres, a mudança de sua situação”.

Perspectiva de Ação:

  • Dar a devida importância à Campanha da Fraternidade, que está entre as ações eclesiais de maior impacto na vida da Sociedade.
  • Ter um olhar especial para com a família, pois esta é um verdadeiro patrimônio da humanidade que devemos cuidar. Por isso devemos dar uma prioridade catequética, viabilizando em nossos espaços pastorais o documento pós-Sinodal sobre as famílias.
  • No âmbito da cultura local, cabe promover uma sociedade que respeite e promova as diferenças, combatendo os preconceitos e todas as formas de discriminação existente na sociedade.
  • Promover a aproximação de pensadores e pessoas que estejam em níveis de decisão, evangelizando, com especial atenção os novos “areópagos”.
  • Educar para a preservação da natureza e para o cuidado com a ecologia humana, por meio de atitudes que respeitem a biodiversidade e de ações que zelem pelo meio ambiente. Vale ressaltar a grande importância de se fazer conhecer, em toda a realidade eclesial, a Laudato Si, do Papa Francisco, sobre o cuidado da casa comum.
  • Fazer-se presente, enquanto igreja, especialmente por meio das Pastorais sociais, nas periferias existenciais e geográficas do mundo de hoje, em regiões sub-humanas e situações de fraturas sociais.
  • Promover e intensificar as pastorais sociais que possam ir ao encontro dos gritos que diariamente sobem aos ouvidos do Pai.

6ª. Urgência – Estruturar a Evangelização da Juventude

É um grande desafio entrar e compreender o universo da juventude, mas, ao mesmo tempo, compreender para além do período marcado por mudanças físicas, cognitivas ou afetivas. Queremos pensar na juventude como fase em que se afirmam suas escolhas, suas aptidões, suas experiências e, acima de tudo, sua necessidade de encontro com Deus. A evangelização deverá ser considerada como a ação fundamental e prioritária para que o jovem adquira boa identidade cristã e se envolva na edificação do reino de Deus.

Infelizmente, a realidade nos mostra que um grande número de jovens é interessado pela comunidade cristã quando se trata do sacramento da crisma, e logo após receber o sacramento deixa a comunidade de fé, ou participam esporadicamente da celebração da eucaristia. É urgente pensarmos em algo que seja mais contínuo para a participação dos jovens na vida eclesial. É necessário acolhermos e estarmos atentos às características e necessidades dos jovens e não apenas a transmitir conteúdo e doutrina. Os responsáveis pela evangelização dos jovens devem ajudá-los a tomar consciência da sua vocação, o chamado à vida, a ser pessoa, a ser cristão, a ser Igreja, a ser cidadão. “Desse modo, incluir os jovens na Igreja, hoje, significa olhar para as múltiplas dimensões nas quais eles estão inseridos, para, a partir daí, tratá-los como sujeitos com necessidades, potencialidades e demandas singulares em relação às outras faixas etárias. A juventude requer estrutura adequada para seu desenvolvimento integral, para suas buscas, para a construção de seu projeto de vida e sua inserção na vida profissional, social, religiosa etc.” (Estudos da CNBB, 85,Evangelização da juventude, n. 27). A educação da fé que aponta para o compromisso com a transformação da sociedade conduzirá o jovem para a realização do seu “ser jovem”, como agente transformador e protagonista dentro de uma sociedade que nem sempre o acolhe. Com isso, a catequese estará cumprindo o seu papel de unir fé e vida, formando cidadãos do Reino, discípulos jovens que sejam apaixonados e seguidores de Jesus.

Perspectiva de Ação:

  • Articular a Pastoral juvenil a nível paroquial, regional e diocesano, respeitando a especificidade de cada uma das expressões.
  • Promover momento de formação e espiritualidade comum sem que nenhuma expressão vise suprimir a outra.
  • Que em cada paróquia se promova a formação de jovens, seguindo inicialmente o subsidio lançado pela CNBB.
  • Que se estimule e encorajem a juventude a assumir seu protagonismo no mundo da sociedade e da missão.
  • Que estimulem a formação de novas lideranças juvenis que atuem junto a juventude desiludida e machucada de nossas regiões paroquiais.